São 8 anos das nossas vidas. Muito em comum. Hoje em dia que jogador brilha 8 anos seguidos no nosso clube? Muito poucos. João Pinto brilhou, lutou, honrou, e glorificou o Benfica. Foi corrido e, infelizmente, preferiu ir para o Sporting. Mas a partir daí já não é nada connosco. O que interessa aqui é não ter memória curta, e 8 anos é muito ano. João Pinto foi uma das maiores figuras do futebol recente do Benfica. E são tão poucos os que se podem juntar a ele neste destaque que eu quero deixar aqui o meu real e sincero agradecimento por tudo o que nos deu. E destaco aqui a prosa que A Bola publica hoje:

Entre Julho de 1992 e Junho de 2000, Benfica e João Pinto protagonizaram uma das mais fascinantes histórias de amor e desamor das últimas décadas do futebol português: pneomotórax (14 de Outubro de 1992); vitória por 5-2 na final da Taça de Portugal (10 de Junho de 1993) jogando ao lado de Rui Costa, Paulo Sousa, Paulo Futre, Mozer e Rui Águas, entre outros; rescisão de contrato, assinatura pelo Sporting e regresso imediato à Luz (25 de Junho de 1993); históricos 6-3 em Alvalade (14 de Maio de 1994) e consequente vitória no Campeonato Nacional de 1993/94 (2 de Junho de 1994).

A partir daí, porém, a estrela de João Pinto empalideceu um pouco. Não por culpa dele, claramente, mas por força das constantes mutações e conflitos que o Benfica viveria nos seis anos seguintes. As recordações são, sobretudo, ligadas a aspectos negativos: conflitos intensos com o portista Paulinho Santos (24 de Agosto de 1994 e 3 de Janeiro de 1998, com um nariz partido e um maxilar fracturado), rotura do ligamento cruzado do joelho esquerdo (30 de Abril de 1995), goleada (0-7) histórica com o Celta de Vigo (25 de Novembro de 1997). Para recordar apenas a terceira Taça de Portugal da sua carreira, conquistada frente ao Sporting (18 de Maio de 1996) e o contrato vitalício assinado com o Benfica (17 de Janeiro de 1997).

... E O BENFICA DE VALE

Quase no final de 1997 dá-se, porém, a reviravolta que fará com que, dois anos e meio depois, tenha de sair do Benfica: Vale e Azevedo ganha as eleições e, nos próximos tempos, a vida não será fácil para João Pinto. O então presidente encarnado começa, pouco depois, a fazer-lhe a vida negra, quase o obrigando a sair para o Desportivo da Corunha. Sente-se empurrado por Vale e Azevedo e não aceita sair. A 4 de Junho de 2000, sob o argumento de que a rescisão de contrato com o Benfica pouparia 1,795 milhões de contos aos encarnados, clube e jogador rasgam o contrato. Passa a falar-se de muitos clubes: Corunha, PSG, Milan, Inter, Manchester United, Barcelona, Juventus, Real Madrid, Liverpool, FC Porto e Sporting, entre outros.

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Junto-me a ti nesta homenagem, João. Foram anos de paixão, de alegrias, de discussões, de desencantos, de exaltação. Daquilo tudo que faz a ligação de um adepto a um clube a aos seus jogadores. A intensidade com que esses anos foram passados. As vitórias foram, infelizmente, muito mais raras do que gostaríamos (nós e o JVP), mas isso não apaga a alegria de o ter visto tantas vezes jogar e carregar a equipa às costas. Apesar das desgraças A Jorge e J V Azevedo, ainda brilhou esta luz no Benfica. Obrigado, sempre.
carlos

Nunca mais me esqueço daquele fim de tarde chuvoso. Dia 14 de Maio de 1994. Estava, como tantos outros, no topo norte de Alvalade. Aquela exibição foi inesquecível e aquele resultado, aquele jogo, ficará para sempre na minha memória. Obrigado pelos 8 anos de águia ao peito. Pena o que sucedeu depois, mas não apaga tudo de bom que fizeste. Felicidade, Menino de Ouro...

o JVP é um grande portista!
& devia acabar a carreira no final da próxima época, depois de voltar a ser campeão, desta vez pelo Porto!

Está tudo dito no post do João, Obrigado JVP, tenho pena que no site oficial do nosso clube nem uma referência ao facto se possa encontrar, mas nisto não estamos sós pq o site dos lags tem noticias como "Parabens Mandela" e tb não fala no JVP. Enfim, interessa é vender camisolas e cativos, o resto que se lixe.

Quanto ao facto dele ser portista, meu amigo, pouco nos importa, o Vitor Baía tb é e não deixa de defender o FCP...

Concordo que o JVP foi um grande jogador e deu grandes momentos ao Benfica (ex do jogo contra as lagartixas e contra o Leverkunson).
Foi pena não ter saido para um campeonato mais competitivo, como o espanhol, seria bom para o jogador que podia evoluir e o clube que encaixava uma boa verba.
Mas, considero que os ultimos anos do JVP no clube, foi um jogador que quis ter o estatuto de vedeta e achou-se acima de tudo e de todos, acima do proprio clube.
Foi-se perdendo e acabou por sair pela porta pequena. Depois disso segui-se a sua fase descendente.
O regresso ao clube, seria um mal amado, que seria logo assobiado apos as piores exibições.
Contudo, foi um bom jogador e devemos agradecer o que fez pelo clube.