Encarnado e Branco

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Benfica - Académica: Na 1ª Volta Foi Assim

Académica 1 - 3 Benfica

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posted by J G at 2:29 da tarde

5 Comentários:

Chamem a PJ agora!!

Houve claramente VICIAÇÃO DA VERDADE DESPORTIVA!!

O Benfica ofereceu CLARAMENTE 3 pontos à Académica, enganando aquilo que é a verdade do campeonato!! É que não se compreende outra coisa, numa equipa que só não está em primeiro por causa dos corruptos que controlam as arbitragens... a sua qualidade é de tal forma elevada, que o Benfica só perder por 1) arbitragens ou 2) vontade própria... como hoje não houve casos, a derrota deveu-se a vontade em perder e assim ajudar a Académica na luta pela manutenção!!
Anonymous Anónimo, at 11:03 da tarde  
Cheguei da Luz! O que alguns jogadores mereciam era estar no Boavista ou Est. Amadora e ficarem sem receber 2 a 3 meses. O resto é conversa!
Blogger Catenaccio, at 11:40 da tarde  
Há jogadores que estão no Benfica a fazer um frete e os adeptos e sócios tem que começar a responsabilizar os jogadores pelos jogos que fazem.

Os jogadores do Benfica (alguns jogadores) são endeusados pelos adeptos e sócios do Benfica sem que se perceba muito bem porquê.

Agora já não há Camacho para culpar e certamente que não se vai culpar o Chalana que está lá há 30 dias.

Portanto é necessário as pessoas olharem para os jogadores e perceberem que os jogadores não estão a jogar nada nem a fazer por isso.

Estes jogadores dão a ideia que a época já acabou e nada mais há para jogar.

É preferível, em vez de fazer este tipo de figuras, meter júniores a jogar.

Pelo menos correm e esforçam-se e lutam por um lugar.

Agora há ali jogadores que regateiam contratos e mais ordenado e não jogam peva.

As pessoas do Benfica acordam quando relativamente a isto?
Anonymous Anónimo, at 12:36 da manhã  
www.catenacc10.blogspot.com

Cheguei do Estádio da Luz, comi uma peça de fruta e, como não poderia deixar de ser, sentei-me em frente ao computador, a ler as mais diversas reacções à "catástrofe" desta noite.
Começo por afirmar que o momento mais triste não foi protagonizado por Miguel Pedro, Berger ou Luís Aguiar. Faltavam cerca de 10 minutos para o final quando vejo uma miúda, que deveria ter entre os 10 a 12 anos, levada pela mão de um Pai inconsolável. Quando passaram perto de mim, ouço a seguinte frase: "Pai, eu não disse que preferia ter ido ao McDonald's"?
Depois da exibição bem conseguida no Bessa, os adeptos compareceram em número bastante considerável. Na blogosfera identificada com o ideal encarnado, foram vários os pedidos para uma comparência em massa, quase como um chamamento à esperança que resta(va) até ao fim da temporada. Mais uma vez o público correspondeu. Mais uma vez saímos defraudados. Desanimados. Envergonhados.
A "Briosa" não vencia os encarnados como visitante desde a época 1953/54 mas igualou a pior derrota caseira de sempre das águias em jogos do campeonato nacional. Nem o mais faccioso adepto de capa e batina esperaria tal resultado. A realidade não podia ser mais irónica e cruel.
Quando relembro a desconfiança respeitante a Edcarlos, fico perplexo como aos 4 minutos Luisão consegue fazer o impensável: falha colossal num atraso de bola e o avançado da Académica a entrar na área encarnada e a abrir o marcador. Após o "filme de terror" realizado por Luisão, a restante sequência protagonizada pelo "girafa" e pelo seu colega Nélson, foi como se nas bancadas estivéssemos a assistir a uma trágico-comédia. Será que Luís Filipe, Edcarlos e Maxi Pereira fariam melhor? Quando a dúvida se coloca é porque o "filme" já acabou há muito e ficámos estáticos a olhar para um "pano negro".
Chegou a hora de uma intervenção mais pessoal. Depois do terceiro golo, pensei que havia ameça de bomba ou tinham raptado a águia Vitória. Vi um mar de gente a abandonar o Estádio mas, como sempre, fiquei até ao fim. Chamem-me masoquista. É certo que nos últimos 20 minutos já não falava com ninguém. Limitava-me a tapar as mãos, com frio, e a olhar para o relvado com aquele semblante de quem já viveu situações semelhantes, num passado não muito distante. O jogo teve 90+4 minutos, porque se tivesse prolongamento poderia ter vindo para casa com uma derrota de mão cheia.
Hoje, a "Catedral" estava repleta de famílias e crianças, talvez pelo facto dos menores de 18 anos não terem de pagar bilhete. Perto de mim, estavam novos e velhos, homens e mulheres. Eu tenho trinta e três anos, sou sócio há dezassete e hoje senti-me como um elemento de uma geração à parte. Por um lado, é visível o desencantamento no olhar daqueles que têm quarenta, cinquenta ou mais anos. Agitam-se nas bancadas. Barafustam. Mas, acabam por não resistir ao desgosto e terminam derrotados. Perderam a esperança. Por outro lado, é notória a resignação na cara daqueles que ainda lutam com o borbulhar da adolescência. Agitam-se nas bancadas, mas sem a paixão dos mais velhos. Barafustam, mas falta-lhes o espírito de vitórias e a presença da história. Entende-se o fenómeno quando olhamos para as estatísticas: um adepto do FC Porto com dezoito anos, já viu o seu clube campeão em doze ocasiões. Assim, compreende-se quem prefira ir ao McDonald's.
Não querendo generalizar, até porque o sentimento não escolhe idades, julgo que pertenço a uma geração que está no limiar de dois mundos. Da glória e do fracasso. Pertenço ao tempo em que o Benfica partilhava o domínio nacional com o FC Porto e dividia campeonatos. Pertenço a um tempo de dirigentes ainda competentes, de treinadores qualificados, de jogadores de classe. Porém, também fui observando o lado escuro da decadência, da quebra de hegemonia desportiva e do declínio financeiro. Não vivi o período dourado das conquistas europeias, mas senti as noites "infernais" do antigo Estádio da Luz. Talvez esteja na fronteira: já sou velho para saber decifrar o peso da história, mas ainda sou novo para não perder a esperança.
Esta noite, ao terminar o jogo, apeteceu-me um regresso ao passado. Lembrei-me de como há dez ou quinze anos atrás, este resultado teria consequências completamente diferentes. Desde logo, jogadores e dirigentes sentiriam a fúria de valentes milhares de adeptos que não arredariam pé tão cedo. Violência nunca, mas um clamor colectivo na hora certa faz milagres.
O futuro não se conquista com falinhas mansas, mas sim com o legítimo direito à indignação. Lembram-se do FC Porto antes de José Mourinho? Recordam-se dos cânticos utilizados? Essas frases de "joguem à bola, palhaços joguem à bola" e "são uma vergonha, vocês são uma vergonha", serviram, como gritos de união no balneário de um FC Porto que venceu a Taça Uefa e a Liga dos Campeões, nos anos seguintes.
Sou a favor de apoio incondicional durante 90 minutos, mas não consigo tolerar, de ânimo leve, exibições como a desta noite. Não há desculpas. Os jogadores mereceram todos os assobios e impropérios no final da partida e, se calhar, ainda ficou aquém. Neste sentido, durante toda a época desportiva, as claques fazem o seu trabalho fantástico de apoio e paixão por uma causa, mas são acéfalas e cegas na hora em que se devia abanar o status quo. Aquela ladainha no final do jogo é irritante. A atitude correcta, no momento certo não é uma forma de criticar o Benfica. É uma forma de ajudar a torná-lo mais forte, como forma de agitar mentalidades e promover a mudança.
Durante a semana, após a bela exibição no Bessa e, principalmente, derivado de acontecimentos ligados à arbitragem e aos casos de corrupção, desejei que o Estádio da Luz apresentasse uma moldura humana que fosse o espelho fiel da união e força benfiquista. Pela blogosfera pedia-se que o patamar dos 50.000 fosse ultrapassado. Os adeptos sempre responderam. A equipa é que nunca soube receber esse apoio. Não ganhámos ao FC Porto. Nem ao Sporting. Tampouco ao Braga. Nem ao Nacional. Idem para o V. Guimarães. Nem sequer ao Getafe. Na bwin Liga, perdemos dezoito pontos em casa. Hoje foi a gota de água. A paciência esgotou-se. No próximo jogo, frente ao Belenenses, o meu pedido é diferente. Não vão ao Estádio. Fiquem em casa, a ver pela televisão ou escolham outro programa mais interessante, desde que não seja o McDonald's. A sério, não vão. Esqueçam a fasquia dos 50.000 ou prenúncios de casa cheia. O ideal mesmo seria uma lotação a rondar os níveis de Leiria. Vamos tentar contribuir para o fenómeno das bancadas vazias, como sinal de protesto. Talvez os jogadores não sintam a pressão da nossa presença. Depois, frente ao V. Setúbal, esqueçam estas últimas linhas. Na despedida, o Rui Costa merece um estádio com 65.000 almas a cantar.
Blogger Catenaccio, at 1:59 da manhã  
Caro Catenaccio (e peço desculpa ao João por usar o blog dele por me dirigir directamente a ti), tenho 49 anos, podes bem imaginar como me sinto. Não só por este jogo, infelizmente, mas pelas últimas não sei quantas épocas em que se sucedem os disparates, as asneiras, as incompetências que levam o grande Benfica a desdizer de si mesmo, a desmentir toda a sua grandeza.
Ainda me dói sempre que me lembro da genial ideia de enchermos a Luz com pais natais, para irmos para o guiness, enquanto outros enchem a sala de troféus.
O Benfica encarrega-se, semana após semana, de destruir toda a e qualquer esperança que por vezes ainda teima em surgir por uma ou outra razão que, percebe-se cruelmente depois, não passou de uma fugaz ilusão.
Jogaram bem no Bessa? É verdade, tão verdade como terem conseguido falhar uma mão cheia de oportunidades em frente da baliza, algumas de forma inexplicável, e terem que se agarrar à ladainha da arbitragem para mais um insucesso; ontem, apagaram completamente essa episódica boa exibição com o desastre - mais um - na Luz, que apenas faz realçar a absoluta incapacidade de marcar golos que desde há muito é a principal característica da equipa.
Este tipo de tiros no pé tem sido uma constante: o que pensará o Cardozo quando poucos dias depois de todos o termos defendido daquela palhaçada do Tonel, dá um chapadão num defesa e se faz expulsar em Getafe? Como pode o imbecil do Vieira querer que alguém o leve a sério quando, numa altura em que, finalmente, começam julgamentos e acusações do apito dourado desata a berrar pela pj por causa de um penalti não assinalado, dando todos os pretextos para esvaziar a força das acusações e desviando a atenção do que seria essencial? como pode o Rui Costa esperar que se tenha confiança no seu futuro como dirigente, quando perde a cabeça como qualquer juvenil "formado" nas antas sempre que um jogo corre mal, ou quando vai insinuando estar a tratar de resolver os problemas com o jogador a, b ou c (e já apareceu a mandar bitates - e não digam que isto são só invenções dos jornais - sobre a continuação do Léo, do Rodriguez e do Katsouranis) e as semanas passam e nenhum caso fica resolvido (já agora, tenho para mim que nenhum deles cá estará na próxima época). E onde estão os jogadores vindos da formação? E, já agora, onde estão o Sepsi e o Adú, que julgo serem merecedores de mais e melhores oportunidades?
Não vale a pena continuar a desfiar exemplos destes, lembras-te certamente de muitos mais, assim como eu e todos os que querem não continuar a ser enganados por dirigentes incompetentes, por jogadores comodistas e por falsas promessas. Parece-me, por isso, que a tua sugestão é mais que justa. Eles que fiquem a jogar sozinhos, a arengar para as paredes, a pavonear-se em frente aos espelhos, que não contarão connosco para os sustentar. Como diz hoje o Record (até estes, por vezes, acertam...): o Benfica não é isto! Não sei é se ainda se vai a tempo de recuperar o verdadeiro Benfica, tão enterrado está na lama da estupidez, do oportunismo, da cegueira de tempos passados, da incompetência.
Espero que sim, mas só se formos nós, os adeptos, a irmos lá buscá-lo ao fundo.
Não podemos contar com ninguém dos que para lá o empurraram.
Um abraço benfiquista.
carlos
Anonymous Anónimo, at 8:57 da manhã  

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