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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Contas do Derby

A Nas últimas dez temporadas, o resultado mais volumoso entre Benfica e Sporting foi um 3-3. Aconteceu na última jornada da época 1998/99. Marcaram os portugueses Rui Jorge e Nuno Gomes, o russo Kandaurov, o checo Poborsky e bisou o búlgaro Iordanov. A proporção de golos apontados por jogadores estrangeiros nesse encontro - foi o jogo de atribuição do título da Segunda Circular, até porque o FC Porto já era campeão e o Boavista garantira o segundo lugar - é exemplificativo daquilo que aconteceu nos últimos anos no derby lisboeta: os estrangeiros decidem mais vezes.

Nos últimos 21 duelos entre Sporting e Benfica a contar para o campeonato, os futebolistas estrangeiros apontaram 30 golos. Os portugueses ficaram-se por 19 (isto se não contarmos com os dois golos que o central Beto marcou na própria baliza, ambos na 16.ª jornada de 1998/99). Numa lista onde apenas ficaram em branco dois placards, destaca-se claramente Liedson, brasileiro autor de seis golos, distribuídos pelas três últimas temporadas. O "Levezinho" comemorou golos em quatro destes duelos, tendo bisado em duas ocasiões (2004/05 e 2005/06).

O português que mais se aproxima dos números de Liedson (desde Janeiro o maior goleador estrangeiro da história do Sporting) é Simão Sabrosa, autor de quatro golos frente ao rival de Alvalade. Nos últimos dez anos de derby, só mais três atletas portugueses podem gabar-se de terem apontado mais do que um golo: João Tomás (bisou em 2000/01) e Nuno Gomes pelo Benfica, Sá Pinto pelo Sporting. Pela "equipa" dos estrangeiros, há ainda a registar três golos de Jardel e dois de Zahovic.

Maior legião benfiquista
Se distribuirmos os marcadores dos golos pela nacionalidade e pelo clube que representam, conclui-se que a lista tem sete sportinguistas portugueses (Pedro Barbosa, Beto, Quaresma, Sá Pinto, Luís Loureiro, Delfim e Rui Jorge) e seis benfiquistas portugueses (João Tomás, Simão Sabrosa, Tiago, João Pinto, Nuno Gomes e Ricardo Rocha), mas que o clube da Luz festejou golos de 13 estrangeiros (Sabry, Van Hooijdonk, Zahovic, Jankauskas, Sokota, Luisão, Geovanni, Miccoli, Cardozo, Reyes, Sidnei, Kandaurov e Poborsky), quase o dobro do número de sportinguistas que marcaram no derby (sete: Acosta, Jardel, Rochemback, Silva, Liedson, Vukcevic e Iordanov). Em parte, este último detalhe é explicado pelo elevado contingente de estrangeiros nos últimos plantéis do Benfica.

Um outro pormenor ajuda a suportar as duas teorias (de que os estrangeiros são mais decisivos e de que os benfiquistas são mais incisivos). Basta ver quem foram os responsáveis pelos três golos que nos últimos dez anos ditaram os três 1-0 do clássico: um livre directo do egípcio Sabry na temporada de 1999/00, um remate fulminante do brasileiro Geovanni em 2003/04 e um cabeceamento (o do título, o da polémica) de Luisão na época seguinte. Curiosamente, estes três momentos aconteceram à jornada 33 das respectivas temporadas.

O Sporting, por sinal, já não vence um clássico para o campeonato desde 2005/06.
O Sporting-Benfica vai ser protagonizado por estrelas cujo valor estimado ascende a quase 200 milhões de euros, o suficiente para pagar os estádios dos dois grandes de Lisboa. A agência Lusa, com a ajuda dos empresários Rui Neno, Jorge Manuel Mendes e Artur Fernandes, fez as contas e avaliou em 198,5 milhões de euros os jogadores inscritos na ficha de jogo. Segundo as suas estimativas, os 18 do Benfica estão avaliados em 105,2 milhões de euros, acima dos 93,3 atribuídos aos 18 do Sporting. Curiosamente, o presumível "onze leonino" é mais valioso, calculado em 75 milhões de euros, um pouco acima do benfiquista: 72,7.

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posted by J G at 10:35 da manhã

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