Encarnado e Branco

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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Um Recado Presidencial

Deixe-se de almoços com os cabeçudos e comece a dar atenção aos que pagam as quotas, lugares cativos, e bilhetes dentro do seu clube.
É muito grave o que se está a passar. E será muito mais grave se for verdade que nós estamos a ser ignorados, e a servir de "carne para canhão" por quem manda no clube só porque não quer enfrentar quem quer impor leis no país.
Se não quer ler, nem ouvir, a voz dos que estão sempre presentes pelo menos pense nas palavras que Camacho nos dirigiu no final da vergonhosa prestação na Amadora.

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posted by J G at 1:24 da tarde

17 Comentários:

Pergunta: Em Inglaterra existem claques organizadas nos dias de hj?
Pergunta: Vêm vcs, por acaso, petardos no jogo?
Pergunta: Vêm paus de bandeiras que são autênticas armas de arremesso?
Pergunta: Acham que os adeptos (familias, por exemplo, que não vão ao futebol porque uma cambada de energúmenos resolvem andar à porrada com claques de outros clubes, ou mesmo as outras do seu clube e que podem ser atingidas colateralmente) não gozam o futebol e apoiam a sua equipa?
Pergunta: As claques servem para quê? Qual o seu fundamento?
Depois de me responderes a estas respostas todas, meu caro João, ainda tenho mais uns argumentos engraçados para acabar com as ditas.
Claques!!!?? O SLB tem 100 anos, as claques existem à 20 e tal. Ninguém precisa de claques.
Blogger Tintin, at 2:11 da tarde  
Peço desculpa, onde se lê vêm, deve estar vêem.
Blogger Tintin, at 2:19 da tarde  
Aí está a questão do momento!
O que é uma claque? Independentemente de questões que levanta sempre o grande número de elementos que podem ou não ser controláveis, fundamentalmente uma claque é um grupo de adeptos interventivos, com voz e paixão em prol do seu clube. Que estão Sempre lá!
Pessoalmente considero que não é preciso ser-se de uma claque para sentir o meu clube da mesma forma que os seus elementos, mas considero importante a sua existência.
As claques dão vida aos jogos são espectadores atentos e apaixonados e dão vida ao clube, e é verdade "Sentimos a Diferença".
É impossível qualquer adepto benfiquista passar ao lado daquilo que se tem passado com as nossas claques.
São inadmissíveis as cargas policiais, já anteriormente havia motivo para queixas, agora é inacreditável...
E como, como é que ninguém sai em defesa dos adeptos, sócios! são sócios!
Não será parte fundamental das funções de uma direcção de um clube zelar pelos seus adeptos?
Como é que se aprova estas manifestações?
Quem cala consente é isso orelhas?

Cláudia
Anonymous Anónimo, at 2:24 da tarde  
JG, peço desculpa, mas vou aproveitar para responder a este Tintin, se é que ele me permite. Acho que não se vai importar, uma vez que o blog serve para debater questões.

Pergunta: Em Inglaterra existem claques organizadas nos dias de hj?

Respondo: nao existem nem nunca existiram claques organizadas, no entanto é a pátria do hooliganismo e onde os seus efeitos mais se fizeram sentir, basta relembrar os anos de clausura que os clubes ingleses estiveram sem competir na UEFA, por castigo. Como vês, Tintin, uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra e pegaste num péssimo exemplo para argumentares a extinção das claques.

Pergunta: Vêm vcs, por acaso, petardos no jogo?

Resposta: Não vemos. Mas ouvimos. Fora de ironias, este é talvez o unico ponto em que podes ter razão para criticares as claques. O único mesmo.

Pergunta: Vêm paus de bandeiras que são autênticas armas de arremesso?

Respondo: E telemoveis. E chaves. E moedas. E tudo aquilo que possa servir para agredir outra pessoa. A questão não é essa. A questão é o que se faz com esses tubos (e não paus, como tu referes) das bandeiras que, por acaso, até se vêem nos estádios ingleses. E das grandes. Queres um exemplo, vai a Anfield Road. Se estivesses mais atento, até costumas ver bandeiras espalhadas por todas as bancadas no estádio do Chelsea, qd os jogadores entram em campo. O engraçado é que pegas num país, a Inglaterra, em que esse tipo de cultura não é muito óbvia. E esqueces-te da Alemanha, por exemplo, em que as claques estão bem e recomendam-se, enchem topos e curvas com bandeiras e estandartes, e os estádios estão cheios de adeptos (é o pais com a maior média de assistencia na Europa).

Pergunta: Acham que os adeptos (familias, por exemplo, que não vão ao futebol porque uma cambada de energúmenos resolvem andar à porrada com claques de outros clubes, ou mesmo as outras do seu clube e que podem ser atingidas colateralmente) não gozam o futebol e apoiam a sua equipa?

Respondo: Desde que os estádios novos foram construidos, há cada vez mais familias a ver jogos. Não vês isso ou só vais aos jogos há meia duzia de anos? E que tal conferires o seguinte: as claques existem há uns 25 anos. Dantes os estádios estavam cheios, a bola era ao Domingo à tarde e não se pagava bilhete excepto nos jogos grandes. Agora, continuam a existir claques (é o unico denominador comum em relaçao ao passado) mas os estadios já não enchem. Argumentar que é culpa das claques é, obviamente, fechar os olhos ao facto dos jogos serem a horas impróprias em jornadas que duram 3 ou 4 dias, ainda por cima televisionadas e, para acrescentar a isto tudo, com bilhetes que passaram a vigorar em todos os jogos e a preços que superam os da liga alemã, só para exemplificar. Os adeptos normais até apoiam a sua equipa, mas verifica-se que o fazem a reboque das claques, que lançam os canticos de apoio e são as primeiras a puxar pela equipa qd as coisas não correm bem (os adeptos comuns sao os primeiros a assobiar).

Pergunta: As claques servem para quê? Qual o seu fundamento?

Respondo: Para dar azo a quem prefere ver o jogo a cantar, de forma mais fanática pelo seu clube. São quem defende o clube, nos bons e nos maus momentos. São quem o apoia mesmo nos estádios mais longinquos. Há que saber respeitar isso, por mt q seja diferente e por mt q choque o facto de viverem para isso. Há coisas mais importantes? Certamente que há. E seguramente, uma delas, é lutar contra a repressão e contra a falta de liberdade que querem impor aos grupos de apoio. Como vês, até para estes aspectos básicos mas que são fundamentais, as claques servem. Algumas, claro. Felizmente as do Benfica fazem parte desse lote.
Blogger GR1904, at 2:44 da tarde  
Meu caro GR1904, fazes mt bem em responder até porque a discutir é que se geram as mudanças.
Mas deixa-me dizer-te qq coisa sobre a minha pessoa e sobre o q escrevi, para que possas ficar um pouco mais esclarecido.
Sei bem que Inglaterra é a pátria do hooliganismo. Por isso é que tentam erradicar qq tipo de associação entre adeptos de clubes.
Felizmente já presenciei 2 dois jogos do Chelsea, um deles contra o Tottenham (derby local) e não vi grandes bandeiras, mas devo dizer, desde já que não acho mal que existam, até acho que dão vida ao estádio/jogo.
Qt aos paus, desculpa lá, sou da "velha guarda" e esqueci-me referir o plástico/pvc como suporte. Tenho 25 anos de sócio, 25! E não sei qts tens tu de sócio, mas nunca pertenci a nenhuma claque e isso não faz de mim menos sofredor. Tenho cativo e só falto por razões maiores.
E last but not least,... pergunto,... se deixarem de existir as claques, deixas de ir ao futebol? A qq hora, a qq dia?
Blogger Tintin, at 3:05 da tarde  
Eu nem quero pôr em causa a paixão dos adeptos pertencentes a claques, e nao quero dizer que devam acabar as claques, mas temos de ver uma coisa, as claques estão cheias de merda, e infelizmente todos sabemos que nem todos os membros das claques sao adeptos fanaticos pelo clube e que nao vao ao estadio por paixao ao futebol. A pergunta é a seguinte, qual o critério para que um gajo possa pertencer a uma claque? Um gajo que ande à facada com outro (como aconteceu à uns anos entre Diabos e NN), um gajo que ande com petardos, um que se ponha com canticos racistas, um que vá partir cadeiras ao estadio, estas pessoas têm credibilidade para estar num jogo de futebol? É isto que tira credito as claques, as próprias claques deveriam ser mais rigorosas com o comportamente dos seus membros
Anonymous Anónimo, at 3:59 da tarde  
Este comentário foi removido pelo autor.
Blogger GR1904, at 4:06 da tarde  
Não me apraz nada verificar que não contra-argumentaste a nada do que eu aqui escrevi, qd respondi às tuas questões. Até digo mais, estás enganado qd dizes que em Inglaterra "tentam erradicar qq tipo de associação entre adeptos de clubes", pois o que não falta na patria do futebol são precisamente associações de adeptos. Qualquer clube tem uma série delas que funcionam como grupos organizados de adeptos.
Claro que não são claques, porque em Inglaterra essa cultura ULTRA (para ser mais concreto) nunca existiu. Ainda na semana passada, houve uma conferencia em Portugal sobre violencia no Desporto em que o principal orador era um expert inglês que defendia precisamente a inclusão dos grupos organizados de adeptos nos proprios clubes.

És da "Velha Guarda". Curioso como esse é um termo altamente conotado com as claques que queres ver extintas. Eu já pertenci aos dois grupos de apoio do Benfica, neste momento não estou em nenhum por razões que agora não interessam discutir. O que eu quero dizer é que vejo as coisas com alguma distância e parcialidade pois já vivi por dentro esse mundo e já sei o que a casa gasta quer-se esteja numa claque ou não. E não percebo essa dos anos de sócio, acho que é uma discussão extemporânea, no entanto posso-te dizer que não fico nada atrás de ti em relação ao tempo de sócio. Mas deixemos isso de lado que não leva a lado nenhum e até concordo ctg que "isso não faz de mim menos sofredor".

Quanto à questão que lançaste no final, acho que não faz muito sentido. Uma coisa é o clube. Outra coisa são as claques. Estas não existiriam se não houvesse o clube. Por isso é que o Benfica está acima de tudo para os grupos de apoio, é a sua razão de existir. E certamente que as pessoas não deixam de ir à bola se deixarem de existir claques, mas não é essa a questão nem é isso que está a ser discutido. Eu não concebo um jogo de futebol sem essa componente de apoio, aprendi e cresci com isso mesmo. E olha que ainda apanhei o tempo em que as claques não existiam na Luz.

Para o anónimo: esse é o tipico discurso de quem generaliza pondo todos os membros no mesmo saco. Será que não há pessoas fora das claques que fazem merda tb? Nunca viste? Eu estou farto de ver.
Blogger GR1904, at 4:10 da tarde  
GR1904, tens alguma razão no q dizes. Eu porque infelizmente n tenho mt tempo para discutir estas coisas proponho o seguinte. Identificação de todos os membros q querem pertencer a uma claque. Cativos para todos esses membros em local do Estádio a designar. Imputação de responsabilidade cívil a todos os membros da mesma, com obrigação de caso não ocupem o seu lugar no Estádio avisem a Direcção da mesma que pode ceder o lugar para o público em geral, caso alguém queira ir para esse lugar (essa pessoa terá que ser identificada). Neste sentido, colocação de câmeras de video-vigilância nas zonas das claques. Preços iguais para membros e não membros das claques. E acabo dizendo-te que vivemos todos no mesmo mundo, eu tenho amigos numa das claques, pessoas que estimo e considero acima de qq suspeita em termos de violência, mas não metendo todos no mesmo saco, tb não sou ingénuo ao ponto de pensar que não existem uma série de malfeitores nas claques de cuja existência as direcções sabem e que com elas pactuam ou no mínimo relevam. Um bem haja e viva o SLB, que no fundo é o que importa.
Blogger Tintin, at 5:00 da tarde  
Tintin, de facto existem pessoas nas claques que não são propriamente uns santos e algumas até acabam por estar lá para um determinado proposito que não é, em primeiro lugar, o de apoiar o clube do coraçao. Há um estandarte aí nas curvas portuguesas que diz "Nem santos nem pecadores", no fundo é mesmo isto. Mas tb não podemos esquecer que a maneira mais apaixonada e intensa como se vive o clube e o jogo por parte das claques, leva a alguns exageros que têm de ser compreendidos sob um determinado contexto, que ajudam a compreender melhor alguns comportamentos.

Em relação ao que tu propões, isso já é feito e levado à pratica. Todos os membros das claques estão identificados (a policia sabe exactamente quem são os mais problematicos, daí terem surgido os spoters). As claques têm um sector definido no estadio onde os seus membros têm disponiveis cativos só para eles e, caso nao o tenham, têm acesso a bilhetes para os jogos que queiram assistir, para essa mesma zona. As câmaras existem e é de supor que muitas estejam direcionadas para o sector das claques.

Mas isto já anda a fugir ao tema deste post com o qual estou inteiramente de acordo.
Blogger GR1904, at 5:28 da tarde  
"Para o anónimo: esse é o tipico discurso de quem generaliza pondo todos os membros no mesmo saco. Será que não há pessoas fora das claques que fazem merda tb? Nunca viste? Eu estou farto de ver."

Desculpa, eu não estou a pôr ninguêm no mesmo saco, aquilo que quero dizer é que há coisas dentro das claques que contribuem para a má imagem das mesmas, e aquilo que quero transmitir é que penso que devem ser as próprias claques a defenderem-se dessas situações.

Quanto ao facto de haverem pessoas fora das claques que também fazem merda, é claro que é verdade, mas repara que não é difícil perceber que as claques orgnizadas são utilizadas por alguns para encobrir muita coisa (e atencao porque não estou a pôr todos no mesmo saco), e todos sabemos disso, os grupos que se formam dentro das próprias claques.
Anonymous Anónimo, at 8:15 da tarde  
Concordo com o post inicial; nãO quero ver o Benfica atrelado ao Sportém, já basta o nosso presidente ser sócio do folcuporto.
Anonymous Anónimo, at 8:53 da tarde  
Em todas as bancadas da luz existe gente menos recomendavel,não é só no topo sul ou norte.quem não vê isto ,desculpe mas anda um pouco a dormir.e basta investigar um pouco a historia do nosso clube ou do futebol em portugal para se perceber que ouve sempre rufias e alguma marginalidade atráz da bola.o desporto do povo.
Anonymous Anónimo, at 9:33 da tarde  
Gostaria de responder às questões colocadas pelo tintin. É apenas a minha opinião e vale como todas as outras.

"Pergunta: Em Inglaterra existem claques organizadas nos dias de hj?"

Resposta: Não existem claques, existem as chamadas "firmas", homens feitos, de barba rija, na faixa etária dos 30/40 anos, que se juntam em bares próximos dos estádios, onde bebem cerveja aos litros e se organizam para ir para o estádio em conjunto, assistir ao jogo e no final do mesmo, muitas vezes, ir à "caça" das "firmas" do clube adversário nos bairros circundantes e... lutar. Sim lutar, porque não é apenas de insultos que se trata. É uma batalha! Quando não conseguem "caçar" os adversários, promovem as suas picardias com a polícia. Muitos vão para o hospital e outros vão presos.
Vestem-se bem, com roupas de marca caras, com ténis de marca caros e gastam tudo o que têm e o que não têm no futebol. O maior gozo de uma "firma" é ir numa deslocação a um estádio de um adversário, "aviar" alguns e regressar vitoriosos...


"Pergunta: Vêm vcs, por acaso, petardos no jogo?"

Resposta: Não, não vemos. Eles não gostam dessas porcarias, pois consideram que isso não faz parte do futebol. Para os Hooligans ingleses o futebol é uma luta. Nada mais.


"Pergunta: Vêm paus de bandeiras que são autênticas armas de arremesso?"

Resposta: São estilos diferentes. Em Itália, por exemplo, os Tiffosi usam muito bandeiras, estandartes e faixas identificativas. Em Inglaterra usam apenas a camisola do clube, por baixo de um blusão (repito) de marca. Usam apenas a garganta e são capazes de passar um jogo inteiro a cantar.


"Pergunta: Acham que os adeptos (famílias, por exemplo, que não vão ao futebol porque uma cambada de energúmenos resolvem andar à porrada com claques de outros clubes, ou mesmo as outras do seu clube e que podem ser atingidas colateralmente) não gozam o futebol e apoiam a sua equipa?"

Resposta: De acordo. Mas uma família pode também estar numa bomba de gasolina a abastecer de combustível o seu veículo e ocorrer um assalto violento. Ou estar calmamente numa praia e ocorrer um "arrastão"...
Não quero desculpabilizar ninguém, muito menos desresponsabilizar quem prevarica e provoca violência.
O que eu acho é que há lugar para todos no futebol: claques, famílias, todos os adeptos do futebol!
Compreender e ouvir as claques é o caminho. Não são todos marginais, ladrões, violentos, etc...
Porquê escorraçar do estádio quem quer assistir a um jogo ao lado dos seus amigos e puxar pelo clube?
Ouçam as claques, tentem compreender as suas razões de actuar e de existir e então depois imponham regras. Custa alguma coisa?


"Pergunta: As claques servem para quê? Qual o seu fundamento?
Depois de me responderes a estas respostas todas, meu caro João, ainda tenho mais uns argumentos engraçados para acabar com as ditas.
Claques!!!?? O SLB tem 100 anos, as claques existem à 20 e tal. Ninguém precisa de claques."

Resposta: Acho que já respondi em parte a esta questão. São sócios e adeptos do Benfica como todos os outros. Servem para dar cor, alegria e festa ao futebol. Quem for para além disto e "pisar" a linha que separa a liberdade da lei, deve ser punido. Como em todos os sectores da vida em sociedade.

HONRA AOS ULTRAS DOS DV E DOS NN!!!
FORÇA BENFICA!!!
Blogger Paulo, at 11:46 da manhã  
O que é uma claque?
Adeptos fanáticos organizados que acompanham a equipa para todo o lado, sempre.
Não interessa o treinador, a classificação da equipa, os resultados, nada disso interessa.
Há jogo do Benfica? Então estão lá, gritam até ficar sem voz e acarinham os jogadores.
Outra coisa é isto: Um dia estive para voltar para trás ainda antes de entrar para um jogo Benfica-fcp, depois de ter de passar ao pé de 6 skinheads que se saudavam com o "sieg heil" (todos bem identificados com simbologia racista e xenófoba). Isto tudo ao pé da polícia...
Como era um Benfica-fcp, lá me encaminhei para o meu lugar, envergonhado.
Claro que são apenas um minoria, mas o facto de estas bestas ali serem aceites, retira toda a credibilidade a uma claque que queira defender o Benfica. Acho que não há lugar aqui para politiquices (ainda por cima deste género anti-democrático). Até pode parecer um pouco acessório à discussão, mas num clube universal e com a História do Benfica, isto não pode acontecer.
As claques no sentido mais lírico são um elemento apaixonante, que empresta ao jogo de futebol muita côr, música e uma dinâmica capaz de empolgar a equipa e o resto dos adeptos. Mas há o reverso da medalha e esse reverso não vai, de certeza, ser resolvido com a “legalização”.
A legalização, que é antes de mais um problema burocrático e como tal pode levar a uma reacção anti-sistémica, especialmente no momento menos bom que o futebol português atravessa. Os membros da claque devem estar ligados à claque por meio de um cartão que inclua os seus dados pessoais e portanto para a legalização da claque bastaria fornecer estes dados à Liga (presumo). Eu sinceramente não quereria os meus dados na Liga... Até porque não seria concerteza por aí que melhor se resolveria, por exemplo, o problema dos petardos. Para apanhar “o” responsável só através dos circuitos de vídeo ou acção da própria polícia. Com esta “institucionalização” devem querer é assacar responsabilidades a quem não as tem, fechando simplesmente a claque. Que depois desse fecho, reabre com outro nome...
Eu até compreendo as claques, mas neste momento sou contra. Nada me impede de ir ver os jogos do Benfica com os meus amigos, levar bandeiras e até uns “plásticos” (esta piada reconheço que foi muito boa). Ou até mesmo arrebanhar, por exemplo pela net, centenas de pessoas e organizar uma coreografia no estádio. Claro que em termos de organização, disposição dos lugares etc. é complicado, mas não será impossível. Porque não então passar à clandestinidade? No fundo fica tudo na mesma, só não podem é pôr material que tenha o nome da claque. Verdade?
Anonymous Anónimo, at 5:08 da tarde  
Este comentário foi removido pelo autor.
Blogger Quetzal Guzman, at 5:00 da tarde  
É isso mesmo papoila. O problema é que eu, tu e 80% do Estádio da Luz podem levar bandeiras, faixas, plásticos o que lhes apetecer. Só os NN e os DV é que estão impedidos de o fazer. E não tem nada a ver com a legislação, que apenas refere a proibição de apoio financeiro e logistico (ou seja, bilçhetes mais baratos e instalações) a claques não legalizadas. Não diz que estas não podem existir sem a pseudo-legalização que implica a cedência de dados ao CNVD. O problema é que o Benfica, na pessoa do senhor Paulo Silva (basta ler as declarações na véspera do derby para perceber que nem ele conhece a Lei 16/2004), e a polícia estão, concertadamente, a patrocinar a repressão dos adeptos benfiquistas. Eu não sei o que se passa nos DV, mas nos NN, onde tenho vários amigos, só se entrava depois de apresentar o cartão de associado do Sport Lisboa e Benfica. Portanto, nem faz sentido falar em adeptos legais e ilegais. A informação que o CNVD quer consta dos ficheiros do Sport Lisboa e Benfica. Ou seja, o que se está a tentar fazer é, antes de mais, um processo discriminatório. Parte-se do princípio que o grosso dos adeptos, eu e tu incluídos, são anjinhos incapazes de fazer mal a uma mosca e que os outros, como cantam e vêm o jogo de pé, são uns criminosos em potência. E aqui entram coisas como a referida pelo anónimo das 3:59. É que o racismo existe, infelizemnte, em todo o estádio. Eu aposto um ordenado inteiro em como a percentagem de associados que imitam macacos no estádio é superior à percentagem que o faz nas claques. E recordo que um conhecido músico da nossa praça, o Pacman dos Da Weasel, foi agredido num jogo do Benfica por se ter insurgido contra esses cânticos. E quem lhe partiu o braço não era de nenhuma claque.
Blogger Quetzal Guzman, at 5:11 da tarde  

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