
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
Apresentação Muito Especial do F.C. København
Uma pequena introdução para explicar que as linhas que se seguem são da autoria de um homem que é benfiquista mas viveu em Copenhaga há uns anos, altura em que desenvolveu uma paixão secundária pelo FCK. Fiquemos então a conhecer o adversário dinamarquês do Benfica.
Gosto do FCK.
Posso dizer isto à vontade agora, que a competição ainda não começou. Se tivesse que escolher um segundo clube, atrás (muito atrás) do Benfica, seria o FCK. É uma mania como outra qualquer mas ao menos tem uma justificação: vivi em Copenhaga oito meses, há mais de dez anos e, na altura, escolhi este clube como equipa de adopção num país onde raramente se ouvia falar em Portugal.
O FCK é um clube novo. Fez agora, em Julho, 14 anos e resultou da fusão entre dois históricos da capital dinamarquesa o KB e o B1903 (para onde rumou o nosso querido Manniche, depois de sair do Benfica). O FCK funcionou, inicialmente, como equipa profissional e, as partes que o compunham, como viveiros de jovens.
Quando estive na Dinamarca, em 95, o clube mostrava ainda essa sua vertente: grande parte do plantel apoiava-se em jovens promovidos das suas escolas. Se o início da história do clube foi bem sucedido (vitória no campeonato logo no segundo ano, cedo se instalou uma travessia do deserto em que Brondby, Allborg e Silkeborg tomaram as rédeas da liga dinamarquesa. A história começou a mudar com a viragem do século. Em 2001, o FCK, sob a orientação do mago Roy Hodgson e com o talento do su
l-africano Zuma, voltou a sagrar-se campeão, com um histórico golo de bicicleta marcado na última jornada jogada em casa do arqui-rival Brondby.
Os anos seguintes acentuaram o domínio dos leões (é verdade... o símbolo do FCK é um leão... azul...) e nas últimas 6 épocas, o FCK foi campeão 4 vezes (2001, 2003, 2004 e 2006).
Com a crise de resultados internacionais que se abateu nos últimos anos sobre os clubes escandinavos, as equipas do norte da Europa decidiram criar um torneio de inverno, alternativo às competições europeias, a chamada Royal League. As duas edições realizadas (2004-05 e 2005-06), foram vencidas pelo FCK, com vitórias sobre IFK Gotemburgo (vitória nos penalties, depois de empate a uma bola) e Lilleström (vitória por 1-0).
A equipa tem sido reforçada com jogadores escandinavos de valor seguro, alguns deles de regresso de experiências em campeonatos mais competitivos. Do plantel a
ctual, destacam-se os internacionais Christiansen, Gravgaard, Jacobsen, Silberbauer e (na foto) Gronkjaer (dinamarqueses), Linderoth, Berglund e Allback (suecos), Hangeland e Bergdølmo (norueguês) e Pimpong (ganês). Nunca o FCK teve tantos jogadores internacionais nas suas fileiras e muito raramente se tem podido orgulhar de ter tantas chamadas à selecção nacional entre os seus jogadores.
Treinada pelo norueguês Solbakken, que terminou a sua carreira de jogador no FCK depois de sofrer um ataque cardíaco que o obrigou a receber um pacemaker), a equipa tem jogado num clássico e muito nórdico 4-4-2 que se compõe da seguinte forma:
Christiansen; Jacobsen, Hangeland, Gravgaard e Bergdølmo; Silberbauer, Linderoth, Hutchinson e Gronkjaer; Allback e Berglund.
Esta época, na sua liga, o FCK tem tido um começo normal para um campeão em título que se vê a braços com duas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões: 4 vitórias e 1 empate e com resultados bastante concludentes (vitórias fora por 4-1 ao Siilkeborg, 3-1 ao Viborg e 4-0 ao Vejle, empate caseiro com o Odense. Pelo meio os quatro jogos que garantiram o acesso ao grupo do Benfica: vitórias concludentes sobre os finlandeses do MyPa-47 (2-0 e 3-1) e a
histórica eliminatória com o Ajax (derrota caseira por 1-2 e reviravolta memorável em Amsterdão). Com este último jogo, o FCK conseguiu o que perseguia há anos: o acesso à mais importante competição continental.
Do que me é dado a conhecer da equipa dinamarquesa, acho que este confronto deve ser preparado com todo o cuidado, tanto mais que o jogo de estreia vai ser com eles, no caldeirão do Parken, esse moderno estádio britânico que faz lembrar o actual Bessa.
Muito obrigado ao Pohzumano (do fórum sons) por este grande contributo.

Posso dizer isto à vontade agora, que a competição ainda não começou. Se tivesse que escolher um segundo clube, atrás (muito atrás) do Benfica, seria o FCK. É uma mania como outra qualquer mas ao menos tem uma justificação: vivi em Copenhaga oito meses, há mais de dez anos e, na altura, escolhi este clube como equipa de adopção num país onde raramente se ouvia falar em Portugal.
O FCK é um clube novo. Fez agora, em Julho, 14 anos e resultou da fusão entre dois históricos da capital dinamarquesa o KB e o B1903 (para onde rumou o nosso querido Manniche, depois de sair do Benfica). O FCK funcionou, inicialmente, como equipa profissional e, as partes que o compunham, como viveiros de jovens.
Quando estive na Dinamarca, em 95, o clube mostrava ainda essa sua vertente: grande parte do plantel apoiava-se em jovens promovidos das suas escolas. Se o início da história do clube foi bem sucedido (vitória no campeonato logo no segundo ano, cedo se instalou uma travessia do deserto em que Brondby, Allborg e Silkeborg tomaram as rédeas da liga dinamarquesa. A história começou a mudar com a viragem do século. Em 2001, o FCK, sob a orientação do mago Roy Hodgson e com o talento do su

Os anos seguintes acentuaram o domínio dos leões (é verdade... o símbolo do FCK é um leão... azul...) e nas últimas 6 épocas, o FCK foi campeão 4 vezes (2001, 2003, 2004 e 2006).
Com a crise de resultados internacionais que se abateu nos últimos anos sobre os clubes escandinavos, as equipas do norte da Europa decidiram criar um torneio de inverno, alternativo às competições europeias, a chamada Royal League. As duas edições realizadas (2004-05 e 2005-06), foram vencidas pelo FCK, com vitórias sobre IFK Gotemburgo (vitória nos penalties, depois de empate a uma bola) e Lilleström (vitória por 1-0).
A equipa tem sido reforçada com jogadores escandinavos de valor seguro, alguns deles de regresso de experiências em campeonatos mais competitivos. Do plantel a

Treinada pelo norueguês Solbakken, que terminou a sua carreira de jogador no FCK depois de sofrer um ataque cardíaco que o obrigou a receber um pacemaker), a equipa tem jogado num clássico e muito nórdico 4-4-2 que se compõe da seguinte forma:
Christiansen; Jacobsen, Hangeland, Gravgaard e Bergdølmo; Silberbauer, Linderoth, Hutchinson e Gronkjaer; Allback e Berglund.
Esta época, na sua liga, o FCK tem tido um começo normal para um campeão em título que se vê a braços com duas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões: 4 vitórias e 1 empate e com resultados bastante concludentes (vitórias fora por 4-1 ao Siilkeborg, 3-1 ao Viborg e 4-0 ao Vejle, empate caseiro com o Odense. Pelo meio os quatro jogos que garantiram o acesso ao grupo do Benfica: vitórias concludentes sobre os finlandeses do MyPa-47 (2-0 e 3-1) e a

Do que me é dado a conhecer da equipa dinamarquesa, acho que este confronto deve ser preparado com todo o cuidado, tanto mais que o jogo de estreia vai ser com eles, no caldeirão do Parken, esse moderno estádio britânico que faz lembrar o actual Bessa.
Muito obrigado ao Pohzumano (do fórum sons) por este grande contributo.
posted by J G at 12:06 da manhã
5 Comentários:
alguém que envie este verdadeiro Relatório para o Benfica SAD
Muito Bom
Muito Bom
Serviço público! Assim, mesmo não sendo benfiquista, vale a pena continuar a passar por aqui.
Excelente descrição João Gonçalves.
Conto que possa, na medida da disponibilidade, visitar o catenacc1o, pois tenho tido uma participação mais activa. Destaco a crónica, recente, respeitante ao "regresso do 4x4x2 clássico".
Um abraço deste seu ex-colega do TA.
, at Conto que possa, na medida da disponibilidade, visitar o catenacc1o, pois tenho tido uma participação mais activa. Destaco a crónica, recente, respeitante ao "regresso do 4x4x2 clássico".
Um abraço deste seu ex-colega do TA.
Obrigado pelas palvras, mas aqui o mérito é todo do Pohzumano.
:)
:)
obrigado e vamos lá ganhar a estes leões azuis. Reparem que serão dois coelhos de uma só cajadada!!!